Obra : "Biblis" - releitura da obra de W.A. Bouguereau (mixed media - 50x100cm)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mulheres Maravilhosas


EXPOSIÇÃO DE ARTE:

Retrospectiva:
“20 anos de Arte”


Local: Escola de Artes César Antonio Salvi

Período de 08/11 a 19/11 de 2010



" Pensamos que o criar, tal como o viver,

é um processo existencial." (Fayga Ostrower)






      Essa exposição individual traça um panorama de minha produção desde 1988 até os dias atuais, onde pode-se perceber claramente a evolução e alterações de técnica de meu trabalho e as diferentes interpretações dadas sobre variados temas, imprimindo a minha identidade artística. As peculiaridades de um trabalho e suas “imperfeições” são a marca da "natureza original" com que nos expressamos, o nosso “estilo”, o veículo pelo qual o ser se move e se manifesta, é um padrão que se imprime como um selo em tudo o que somos ou fazemos. Construímos o mundo por meio de atos de percepção, aprendizado e expectativa, e assim construímos o nosso "ser".

      O processo criativo funciona em um momento especial de beleza em que a obra flui e se expressa, e nesse caminho de auto desenvolvimento processo e produto são uma coisa só. O criativo e o receptivo, o fazer e o sentir formam um par que vibra em harmonia, em mútuo relacionamento e mútua interação. Para mim o desafio é não se ficar mais restrito a uma única visão de mundo, é necessário trazer essa percepção poética do mundo inspirado pela natureza e pela imaginação para nossa vida diária, pois ela está em tudo o que nos cerca.

      Na arte é preciso descobrir a voz do coração e aprender a falar com a nossa própria voz, e assim recuperar o que eu chamo de nossa “musacidade”, ou seja, dialogar com a nossa musa inspiradora, o nosso eu interior e encontrar-se. Como disse Pablo Picasso: “O importante na arte não é buscar, é poder encontrar”.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O Cromatismo Luminoso de Silvana Borges


por Emanuel Von Lauenstein Massarani
curador doMuseu de Arte do Parlamento de São Paulo



“Silvana Borges confere ao seu tema favorito um lance de mística defesa com relação às aves brasileiras. Ela permeia suas imagens com um fino tecido luminoso, que faz vibrar as essências espirituais e as imagens projetadas na descoberta da vida dentro de atmosferas impregnadas de metafísicas tensões. Filtra a realidade dispondo-a sobre a tela, mas sem alterá-la. Sua técnica tem uma função básica. O equilíbrio cromático e a escolha do tema determinam a vitalidade que envolve as qualidades da artista. Tendencialmente simples, espontânea, rica de uma linha vital e impregnada de um profundo humanismo, a artista aplica a suas obras um cromatismo que acende calorosas vibrações até mesmo além da quadratura de suas telas. Através de massas equilibradas que formam ricas composições, Silvana Borges estrutura o tema focado, com toque fluído e forte onde o desenho se destaca.
[...]
Silvana Borges nos transmite a impressão de que sua pintura possui uma missão: dar ao observador uma palavra visual que o aproxime da natureza e, por conseqüência, da vida.” (Acervo Artístico, Diário Oficial Poder Legislativo, São Paulo, 115 (46), 10/03/2005).